“Uma das mensagens que gostariamos de deixar, é que venham visitar o andar modelo Troiaresort”

Casas do Distrito – Qual é o balanço que faz desta década de existência?

Fernando Neves – O balanço é muito positivo, porque tivemos a sorte de apanhar uma altura de mercado de grande crescimento, nomeadamente os anos de 98, 99, e até 2001, foram anos de grande crescimento do mercado da habitação, que coincidiram com as descidas das taxas de juro e com a facilidade de concessão de crédito por parte da Banca, as pessoas nessa altura tiveram mais valias na venda das casas e trocaram de casa com muita facilidade, e por isso tivemos esse arranque que nos posicionou na liderança do mercado em Setúbal num espaço relativamente curto que não estávamos à espera e com essa liderança abrimos portas para ir para mercados à nossa volta, nomeadamente Azeitão, Soltróia e o mercado da Península de Tróia. Estes dez anos basearam-se num arranque muito positivo e agora numa gestão do mercado que está maduro, que é o caso do mercado do imobiliário em Portugal que vive hoje momentos de perfeita maturidade.

CD – Podemos considerar que esta Imobiliária é já um marco no Distrito de Setúbal?

FN – Na altura não haviam muitas imobiliárias e hoje há mais, umas com mais dificuldades outras com menos, porque o mercado caracteriza-se por a procura e a oferta, não havendo uma procura alta é um mercado bastante mais competitivo entre as imobiliárias, e ter um nome e uma experiência feita é sempre um bom indicador para nos mantermos saudáveis no mercado. Nós vimos com bons olhos a concorrência que nos rodeia, mas com alguma preocupação que não se pode ser muito pequenino e o mercado de Setúbal não sendo grande também não é muito pequenino, mas quando entraram as empresas de franchising internacionais com alguma dimensão vieram com uma grande pujança em termos de marketing, que os posicionou rapidamente a ganhar cota no mercado e na altura as empresas mais pequenas, como era o caso da Casa’Caso e muitas mais tiveram que se reposicionar neste novo xadrez imobiliário, e uma das preocupações da Casa’Caso foi crescer para limites em que pudesse atingir algumas economias de escala, quer na produção de revistas quer na rotação dos seus comerciais, quer inclusivamente no produto que apresentava aos seus clientes para poder estar nas várias franjas do mercado.

CD – Em relação ao cliente, qual é o vosso papel?

FN – O nosso papel como diz o decreto-lei da mediação é encontrar um interessado para o imóvel, portanto hoje no mercado mais maduro os proprietários vêem com alguma dificuldade a venda das suas casas e procuram as agências de mediação imobiliária para encontrar mais rapidamente alguém que lhes queira comprar a casa. O nosso papel acaba por ser muito importante, porque uma das nossas preocupações quando fazemos uma avaliação de um imóvel é fazer uma boa reportagem fotográfica com um filme a três dimensões, fotografias de 360 graus que temos desde que lançamos o novo site http://www.casacaso.com, que possibilita que dentro do nosso escritório façamos uma boa triagem dos clientes que vão visitar a casa de um proprietário, porque é muito desagradável tirar uma pessoa do trabalho ou ir incomodar uma pessoa a casa para ir fazer uma visita e quando o cliente entra vê que não queria nada daquilo, portanto os novos meios tecnológicos que temos usado também vêm ajudar muito na forma de vender uma casa sem incomodar tanto o proprietário, porque muitas vezes as casas são quase vendidas aqui no escritório e a visita ao imóvel é um constatar de uma realidade que já lhe foi apresentada. Com os novos meios tecnológicos, a segurança também está salvaguardada, porque quando levamos um cliente a uma casa não sabemos quais são as intenções reais das pessoas e qualquer cliente que for visitar uma casa com a nossa imobiliária está perfeitamente identificado com nome, telemóvel, e-mail, tem uma ficha de cliente e se acontecer alguma coisa estamos cá para responder, quando vejo um proprietário por uma placa a dizer “vendo directamente”, ele não sabe quem é que lhe vai entrar pela casa adentro, portanto há toda uma série de preocupações que os proprietários não têm noção que as agências conseguem fazer uma triagem importante não só no número de visitas, como na identificação dessas próprias pessoas e num relatório pós-visita daquilo que aconteceu.

 “Lançamos o Casa Gold, que garante que a venda do produto imobiliário se torne mais célere, transparente e que seja um bom negócio para quem compra e para quem vende” 

CD – A utilização dos novos meios tecnológicos servem como triagem e um método de segurança para o proprietário?

FN – Exactamente, é sem dúvida uma das nossas preocupações. As casas em Portugal raramente se vendem com prontos pagamentos, e nós acabamos de lançar o mês passado, um produto que se chama Casa Gold, é um produto inovador em Portugal, porque nenhuma empresa no país o faz, e vem de um protocolo que celebramos com a Caixa Geral de Depósitos. Qual é a nossa preocupação? É garantir que a venda desse produto imobiliário se torne cada vez mais célere, transparente e que seja um bom negócio para quem compra e para quem vende. Nós fizemos um protocolo com a Caixa Geral de Depósitos no sentido de fazer a avaliação ao imóvel das pessoas na altura da angariação e portanto termos um preço arbitrário, não é definido nem por nós, nem pelo proprietário, nem pelo comprador, é definido por uma entidade credível e que faz uma avaliação, que muitas das vezes quando se faz o financiamento vai necessitar-se dessa avaliação. Estamos a ver como é que ultrapassamos as dificuldades que vimos sentido nos processos e as pomos logo à priori resolvidas para que estes problemas já não tenham lugar para acontecer, até é uma forma de olhar não só pelo proprietário, como também pelo cliente, porque quando visita um imóvel este está previamente avaliado pela Caixa Geral de Depósitos, ele sabe que tem o financiamento integral desse imóvel à sua disponibilidade e sabe que essa avaliação já está feita, ou seja, nós temos procurado inovar no sentido de facilitar a vida a todos.

CD – A Casa’Caso não se limita a ficar só no escritório, têm participado em inúmeras iniciativas, porquê?

FN – É da origem dos povos, nós somos de Setúbal, a empresa nasceu aqui e está à beira-rio, e à beira-rio há sempre uma vontade de navegar e sair e nós estamos desde há um ano e meio ligados a um dos produtos mais emblemático em Portugal, que é o Tróiaresort que está a ser comercializado aqui na península de Tróia. Este produto por ser extremamente apetecível, mas também com um segmento de preço que infelizmente não chega a todas as bolsas, a Sonae encontrou necessidade de na promoção deste produto ter cerca de 40 por cento de clientes do mercado internacional, não é que o mercado nacional não consiga escoar o produto na integra, mas estamos a falar de um mercado de Tróia que é extremamente sazonal, e então Tróia com todas as novas apresentações que tem: casino, golf, marina, restaurante, hotéis de cinco estrelas, necessita ter uma vivência anual que não dependa só da sazonalidade habitual como os portugueses fazem férias, para além de que tem a particularidade de ser um resort muito próximo de Lisboa e ser muito procurado ao fim-de-semana, mas ainda assim podia não ser suficiente para colmatar essa sazonalidade, e a procura de 40 por cento de clientes estrangeiros para comprarem no Troiaresort vem porque os estrangeiros geralmente procuram Portugal em Janeiro, Fevereiro, Março, por exemplo quem gosta de jogar tem o casino disponível o ano inteiro. Nós estivemos com a Sonae em Setembro de 2007, em Shanghai, na China International Luxury Property Show, foi muito agradável a receptividade dos chineses ao produto, não foi tão agradável perceber o desconhecimento de onde é que era Portugal, temos vindo a ter várias visitas de clientes da China, vamos ver o que é que acontece porque a Feira foi há dois meses e ainda estamos a trabalhar este mercado. Tivemos também em Julho, em Madrid, no Salão Imobiliário, e aí sim, porque o mercado espanhol é bastante mais receptivo ao nosso produto de casa de férias, nomeadamente estive em Badajoz numa reunião para promovermos mais activamente este produto, porque somos a praia mais perto de Badajoz, portanto eles vêm este produto como um produto extremamente apelativo e têm vindo com muita regularidade comprar, o que nos deixa muito orgulhosos. Uma das mensagens que gostamos de deixar, é que venham visitar o andar modelo do Tróiaresort em Tróia, porque quer o da praia, quer o da marina são andares modelos muito bonitos, já estão decorados e mobilados, porque é um produto chave na mão.

CD – A Imobiliária Casa’Caso tem casas só em Setúbal ou noutros sítios?

FN – Nós começamos em Setúbal e quando atingimos uma taxa de crescimento em Setúbal que vimos que não era possível crescer muito mais, decidimos começar a trabalhar nos arredores e conseguir potenciar mais oferta para os nossos clientes, daí que tenhamos ido para Tróia, Azeitão, somos também a única imobiliária no Freeport Alcochete desde o primeiro dia de abertura, e mais tarde decidimos abrir em Lisboa, porque principalmente o mercado de Tróia tinha muitas pessoas de Lisboa que para fazermos reuniões tinham que se dirigir a Setúbal ou a Tróia, e então abrimos uma zona de atendimento na Lapa, e os resultados têm sido bastante satisfatórios. Durante este mês vamos abrir em Cascais, na linha que é a nossa politica que é trabalhar muito o mercado da segunda habitação ou casa de férias, ou seja, posicionarmos como uma empresa que tem para além de tudo o que é normal encontrar numa imobiliária: o produto de turismo de excelência.

CD – Quando entramos na Imobiliária Casa’Caso deparamo-nos com um espaço bastante agradável, a imagem é muito importante?

FN – Claro. Nós temos já de há uns anos para cá, uma política de atendimento, isto é, nenhum comercial atende os seus clientes nas secretárias, vamos sempre para mesas redondas onde conversamos mais à vontade, onde partilhamos as preocupações do que é a vivência de um proprietário, ou seja, temos que partilhar e temos que ser um pouco íntimos das preocupações de uma família, portanto existe uma cumplicidade, saber defender os segredos, a privacidade das pessoas e ao mesmo tempo promover o seu lar sem entrar na intimidade, por isso nós gostamos muito que os nossos comerciais tenham um lado humano e estejam connosco cada vez mais anos para que haja uma filosofia de empresa e que se consiga partilhar e passar também para o proprietário.

 

~ por casacaso em Fevereiro 4, 2008.

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